domingo, 15 de abril de 2012

O que te faz tão especial?

Parei naquele momento a perguntar-me, de onde vinha a sensação de que ela seria o que faltava em mim, qual era a mágica que fazia não importar o que eu veria dali para frente, como se o que eu conhecesse, muito pouco talvez, fosse o suficiente para ela fazer parte dos meus pensamentos quase que 24 horas por dia.

Erro, essa é a palavra que me acompanha quando se trata de alguém que eu realmente "goste", embora eu tenha toda ferramenta de saber aqueles velhos clichês, "seres humanos querem o que não tem", "jamais admita estar gostando de alguém antes que ela admita", "usa o todo manipulável ao teu favor", e de ter lido livros de comunicação, assistir Lie To Me e O Mentalista, de ter lido Maquiavel eu simplesmente acho que não nasci para ser um enganador ou para iludir pessoas, mas talvez eu tenha nascido para ser iludido, um iludido esclarecido, avisado e completamente de acordo em ser um.

Lá estava ela sentada ao som de uma banda qualquer, cantando uma música qualquer que a banda qualquer tocava, segurando um copo de um liquido qualquer e olhando para o palco de onde vinha a música qualquer que ela cantava, tocada pela banda qualquer que ela assistia, essas informações são assim "qualquer" por que de fato  qualquer lugar que ela pudesse estar o restante se tornaria qualquer.



Eu nem sei aonde eu estava, nem com quem eu estava, só sei que ela estava ali e o que eu disse eu também nem lembro, eu só sei que eu consegui depois de um transe mental acordar na frente dela, já  em um assunto meio estranho, eu sei que as perguntas já eram do tipo:
- Porque tu veio falar comigo? ela falou
- Porque eu não falaria?

- Porque eu não falo contigo.
- Isso seria um motivo pra mim não falar contigo?

- Acho que sim.
- Eu acho que não.
- Tá bom pode achar que não, mas lá de onde tu estava.
- Onde eu estava? 
- Lá na frente daqueles caras de preto com o cabelo do Justin Bieber
- Como tu sabe que eu estava lá?
- Porque eu não sou cega?



Eu não estava em lugar que ela facilmente me veria, para me ver ela teria que ter um pouco de boa vontade e ela teve, como eu conseguiria decifrar qual  era o medo dela, será que era de mim? Eu não era do tipo que espantava mulheres até então. Eu saí de lá depois dessa resposta, mas eu voltei depois de 10 minutos e perguntei:
- Tu tem problema mental?
- Tenho porque? ela disse
- Sei lá eu não te fiz nada e tu me trata como alguém que te fez algo muito grave
- Mas tu fez.
- O que eu fiz?
- Tu quer ficar comigo e isso pra mim é grave.
- Eu disse que quero ficar contigo?
- Não, mas eu sei que tu quer e olha aqui em volta tem um monte de guria ,porque tu não vai falar com elas? Um monte de gurias lindas e que estão aqui exatamente para ficar com alguém, porque tu tem que vir aqui e falar comigo?

- Eu não sei. Eu posso te encher de elogios aqui que tu não vai acreditar em nenhum, sei lá porque tu não acredita, tu deve ter algum problema.
- Tudo bem eu sou problemática, o que tu quer conversando com uma pessoa problemática, sai daqui que meu namorado está vindo aí.
- Tu não tem namorado.
- Eu tenho sim.

Chegou um cara qualquer na volta e ela abraçou ele, ela nem beijou ele, porque no fundo ela não queria beijar, mas ele ficou com cara assim de porque ela me abraçou? Sim devia ser um amigo dela, mas não era namorado nem nada, ela só abraçou com a intenção de me mandar embora dali.

Decidi ir embora, mas antes escrevi um bilhete em um papel,em um guardanapo que tinha em cima de uma mesa, escrevi, esperei um tempo, fui até ela e dei o guardanapo na mão dela e fui embora, ela não leu guardou o guardanapo, quando chegou em casa decidiu ler que estava escrito assim:



PODEM PASSAR MIL PRINCESAS AQUI COM SEUS TRAJES REAIS, PODEM VIR TODAS AS MULHERES FRUTA AQUI ME CORTEJAREM, PODE CHOVER MULHERES AQUI DENTRO QUE O SORRISO QUE EU VER É O SEU, QUE A BOCA QUE EU QUERO BEIJAR É A SUA, O QUE TE FAZ  TÃO ESPECIAL?

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